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Transtorno de Humor Monopolar

Os transtornos do humor (Afetivos) são uma categoria diagnóstica que engloba os transtornos do humor bipolar (mania, hipomania, depressão bipolar, estados mistos e ciclotimia) e os transtornos unipolares (depressão maior e distimia).


Mas o que é o humor?!

O humor de um indivíduo é caracterizado conforme a referencia dele próprio e refletem seu estado emocional interior (o que está abaixo da superfície percebível. Já o afeto é expressão não verbal destes estados emocionais, que infere-se pela movimentação de membros, músculos e expressões faciais, dentre outros sinais, do indivíduo.


Os transtorno de Humor são aqueles transtornos nos quais o paciente tem alterado de maneira constante e por longa duração, seus estados emocionais.


A grosso modo, pode-se separar os estados patológicos como sendo os seguintes:

1) Alterações do humor que passem da alegria normal para a euforia patológica ou da irritação normal para a irritação patológica são classificadas como episódios maníacos ou hipomaníacos.

2) Alterações do humor que passem do medo normal para o medo patológico caracterizam os episódios de ansiedade.

3) Alterações do humor que passam da tristeza normal para a depressão patológica são classificadas como episódios de depressão maior (episódio agudo) ou distimia (forma atenuada e crônica).


Os transtornos depressivos afetam, pelo menos, 20% das mulheres e 15% dos homens ao longo de suas vidas, e é responsável por grande parte dos suicídios. É uma das doença crônica que provoca maior incapacidade para o trabalho.


Um amplo especto da vida do paciente é afetado: as relações maritais e pessoais, o relacionamento com os filhos, a saúde física, a capacidade de trabalhar, de manter amizades, entre outros. São comorbidades com outros transtornos psíquicos e físicos. E nem sempre é fácil reconhecer um quadro depressivo! A maioria dos sintomas físicos dos pacientes que buscam atendimento ambulatorial, público ou privado, não está associada a processo orgânico de doença. O diagnóstico mais comum em cuidados primários é o de não-doença. O famoso "Você não tem nada!". Quanto maior o número de sintomas físicos clinicamente inexplicáveis apresentados por um paciente, maior a chance de ele ter um diagnóstico atual de ansiedade ou depressão e uma incapacitação significativa no seu funcionamento no sentido amplo.


São as alterações neurovegetativas que conferem aspectos físicos aos quadros depressivos. Por isso, muitos destes pacientes procurarem ajuda médica para seus sintomas físicos, não percebendo o aspecto emocional envolvido no distúrbio. Os sintomas mais comuns são a anorexia, a perda de peso, a hiperfagia, o aumento de peso, as alterações do sono (insônia ou hipersônia), as alterações no interesse sexual (diminuição da libido) e sintomas somáticos, como fraqueza muscular, peso na região das costas, plenitude gástrica e cefaléia. Outro aspecto importante, nos transtornos do humor, são as alterações dos ciclos circadianos. Alterações nos ritmos de sono-vigília, liberação de cortisol e regulação da temperatura são comuns em pacientes com depressão.


Quanto às características de personalidade associadas ao aparecimento de um transtorno depressivo, estão o desânimo, a introversão, a preocupação, a dependência e a sensibilidade excessiva.


O desencadeamento de um transtorno depressivo é, muitas vezes, conseqüente a um fator estressante, que denominamos estressores sociais. São eles:

a) Acontecimentos vitais - mudanças claras nos padrões de vida que alteram o comportamento habitual e ameaçam o bem-estar do indivíduo. O luto é um exemplo típico de acontecimento vital, assim como a aposentadoria.

b) Estresses crônicos - situações de longa duração que desafiam o indivíduo, tais como dificuldade financeira, conflito interpessoal constante e ameaça persistente à integridade (por ex., viver num ambiente perigoso).

c) Problemas cotidianos - Os problemas cotidianos são acontecimentos comuns, porém estressantes, que fazem parte da vida moderna (por ex., lidar com o chefe).



A percepção que o indivíduo tem de

um acontecimento é provavelmente muito mais importante que o próprio acontecimento.





Clinicamente, a depressão apresenta sintomas que vão além das alterações do humor. São freqüentes alterações psicomotoras, cognitivas, neurovegetativas, nos ritmos circadianos e a sazonalidade. As alterações psicomotoras mais freqüentes são a agitação ou o retardo psicomotor (lentidão).


Sim! é Possível haver um paciente deprimido agitado!

Normalmente, pensamos que o paciente classicamente deprimido é aquele que não quer sair da cama, se move lentamente e inicia qualquer atividade física com extrema dificuldade. Temos que ter em mente que muitos pacientes deprimidos podem apresentar-se com extrema inquietude, dificuldade em permanecerem sentados ou fechados em um mesmo ambiente por muito tempo. Não é incomum que em depressões severas e psicóticas os pacientes tenham que ser contidos para sua segurança.


As alterações cognitivas mais comuns são as alterações subjetivas da memória, atenção e velocidade do pensamento e do raciocínio.


E idade não é fator protetor!

É um transtorno universal no que tange a idade do indivíduo. O idoso é muito afetado, sendo inclusive a faixa etária bem prevalente quanto aos índices de tentativa e consumação de suicídio. É comum que depressões que se iniciam na terceira idade sejam confundidas com demências orgânicas (pseudodemências). Outro tipo menos freqüente de alterações cognitivas são os delírios e as alucinações (estas percepções sensoriais irreais). Geralmente no sentido do humor: humor triste - sensação de incapacidade, de merecimento, de degeneração de perda de esperança.

A distimia é uma depressão crônica de humor, com duração de pelo menos 2 anos, que não é suficientemente grave para justificar um diagnóstico de transtorno depressivo recorrente. Em muitos casos de distimia, o paciente se encontra deprimido há tanto tempo (anos), que pode pensar que sua tristeza e desânimo fazem parte de seu “temperamento”. Não é incomum que os sintomas tenham se iniciado na infância ou adolescência (início precoce) e o paciente procure ajuda somente na idade adulta.



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